O sistema metroferroviário brasileiro precisa ser repensado de modo a atender às crescentes demandas da população. Apenas 13 regiões metropolitanas no País, de um total de 63 de médio e grande portes, contam com sistemas de metrô. Apesar de transportarem mais de 11 milhões de passageiros por dia, ainda assim, apresentam capacidade abaixo da demanda, aponta o estudo do setor no âmbito nacional, desenvolvido pela ANPTrilhos.
Na Europa e na América do Norte o transporte metroferroviário é utilizado há séculos. O metrô de Londres começou a operar em 1863 e atualmente cobre 402 quilômetros, conta com 207 estações e faz 5 milhões de viagens por dia. Em toda Europa há trens regionais ligando cidades pequenas e médias, inclusive de alta velocidade. Nos últimos anos, a implantação desses modelos de alta velocidade tem avançado no continente asiático.
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Além de impulsionar a própria mobilidade, melhorando substancialmente os grandes fluxos de pessoas nas áreas urbanas, as soluções sobre trilhos favorecem atividades econômicas em geral e, em especial, o turismo. O VLT do Rio de Janeiro é um exemplo. Implantado com foco no fluxo de turistas durante os últimos Jogos Olímpicos, transporta atualmente cerca de 80 mil passageiros por dia.
Dessa maneira, pensando no conceito de mobilidade sustentável e, com vistas a oferecer opções mais eficientes e multimodais, a Marcopolo Next criou, em 2019, a divisão Marcopolo Rail. Pouco tempo depois, em dezembro de 2020, a divisão apresentou ao mercado o seu primeiro veículo, o VLT Prosper, para alavancar, disseminar o transporte metroferroviário e que será utilizado em uma rota turística no Sul do País, operada, atualmente, pela Giordani Turismo.
De acordo com Petras Amaral, executivo da Marcopolo Rail, o futuro da mobilidade é multimodal e os trens se alinham às tendências mundiais de mobilidade. “Trens atendem a várias necessidades no que se refere à capacidade, distância e velocidade. Eles também se alinham às tendências mundiais de mobilidade, uma vez que são complementares aos outros modais como bicicletas, motocicletas, carros, ônibus e aviões.
O Brasil dispõe de capacidade industrial instalada, expertise e tecnologia para avançar no transporte sobre trilhos, e, aos poucos, surgem projetos em diversas cidades, impulsionados por parcerias público-privadas. Esse potencial poderá ser explorado também no desenvolvimento e implantação deste setor também nos países vizinhos da América Latina, produzindo veículos com preços competitivos e qualidade equivalente aos demais concorrentes internacionais.
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