Se este ano houve entregas importantes para o setor da infraestrutura, o governo Federal espera ainda mais para 2021, pelo menos essa é a expectativa. Existe a previsão de mais de 50 concessões, sendo 23 aeroportos; 17 terminais portuários; duas ferrovias – FIOL e Ferrogrão – e uma renovação antecipada (MRS); além de lotes de rodovias. Espera-se também a desestatização da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa). Tudo isso deve gerar mais de 137 bilhões de reais de investimentos e, aproximadamente, mais 3 bilhões em outorga.
Inicialmente, esse é o melhor dos cenários, na visão do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas que acredita no sucesso desses empreendimentos de modo a melhorar parte da logística e mobilidade em âmbito nacional. “2021 será um ano rico para o setor de infraestrutura, de muitas realizações. Teremos mais de 50 ativos sendo transferidos e uma série de leilões. A ideia é contratar R$ 137 bilhões em investimentos que vão gerar mais de dois milhões de empregos”, afirmou.
Em aeroportos acontecerá a sexta rodada de concessões aeroportuárias, envolvendo 22 equipamentos divididos em três blocos. São nove terminais da região Sul, sete da região Norte e outros seis no Centro-Oeste e Nordeste do país. Entre os principais, os aeroportos de Manaus, Goiânia e Curitiba, devem ancorar os respectivos blocos. Destaque também para o aeroporto de Foz do Iguaçu/PR, que já passa por obras de modernização e ampliação e vai começar a receber voos internacionais. A cidade é o segundo destino internacional mais procurado, atrás apenas do Rio de Janeiro.
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No setor portuário, o MInfra prepara o arrendamento de mais duas áreas importantes do Porto de Santos: os terminais STS08 e STS08A. Voltadas ao armazenamento de granéis líquidos (combustíveis), as áreas devem somar investimentos de cerca de R$ 1,2 bilhão – a maior licitação portuária dos últimos 15 anos. Com leilão previsto para o 1º trimestre de 2021, o vencedor administrará os terminais pelo período de 25 anos. Também está prevista a desestatização da Companhia Docas do Espírito Santo, a primeira a ser realizada no país.
Outro ativo de peso para ministério e que vai a leilão em 2021 é a nova concessão da Via Dutra (BR-116), que liga São Paulo e Rio de Janeiro. O projeto também abrange a inclusão da rodovia Rio-Santos (BR-101). O novo operador administrará a rodovia pelo período de 30 anos, com investimentos previstos de mais de R$ 14,5 bilhões, neste que será o maior leilão rodoviário da história do Brasil.
Existe ainda o plano de concessão da BR-163/230/ MT/PA, de extrema importância para a melhoria na logística para o escoamento da produção de grãos no Centro-Oeste do país. Recentemente, o trabalho de pavimentação feito pelo ministério resultou na redução do frete, melhorou as condições de trabalho para os caminhoneiros e tornou as commodities brasileiras mais competitivas no mercado externo.
No campo ferroviário, destaque para a concessão do primeiro trecho da Ferrovia Oeste-Leste (FIOL), que vai ligar o minério de Caetité, na Bahia, ao Porto de Ilhéus, e para a Ferrogrão, projeto desafiador e inovador que prevê a construção de uma ferrovia ligando a produção do norte do Mato Grosso aos portos de Miritituba, no Pará, reequilibrando a matriz de transporte brasileira e ampliando a capacidade de exportação pelo Arco Norte.
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