O Senado aprovou em Plenário um projeto que institui a Frente Parlamentar Mista pela Eletromobilidade. O Projeto de Resolução (PRS) 64/2021, do senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL), tem o objetivo de promover debates e iniciativas a respeito de políticas públicas e outras medidas que estimulem a eletromobilidade no Brasil. O texto especifica que, entre as finalidades do grupo é promover o debate sobre o desenvolvimento sustentável do país em conjunto com inovações tecnológicas para oportunizar cidades inteligentes fomentando o uso de energias renováveis proporcionando benefício para toda a sociedade.
De acordo com a proposta, o grupo, integrado pelos senadores e deputados federais, vai se reunir preferencialmente em Brasília, nas instalações do Senado. Cunha justificou que a eletromobilidade é a mais importante ferramenta para alterar a realidade das cidades. “Barata, rápida e sem poluir, é capaz de transformar a vida de cada um dos habitantes de uma cidade, direta ou indiretamente”.
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O senador Izalci Lucas (PSDB-DF), se mostrou favorável a pauta e ressaltou que a indústria automotiva mundial vem passando por um grande processo de transformação e, em um futuro próximo, os veículos elétricos vão compor a maioria da frota mundial. Para o senador, o país está atrasado nesse debate. “O Brasil precisa encontrar soluções para substituir os motores a combustão e desenvolver tecnologias de propulsão elétrica que permitam o uso eficiente das fontes de energia que temos disponíveis”.
Menos doenças
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que 50 mil brasileiros morrem a cada ano em decorrência de doenças causadas pela poluição do ar, como câncer de pulmão, doenças cardíacas e acidente vascular cerebral. O senador Rodrigo Cunha diz que, entre outros benefícios, o fomento a mobilidade elétrica vai gerar impactos na saúde pública. “A eletromobilidade significa mais qualidade de vida e menos doenças respiratórias causadas pela poluição que, segundo o Ministério da Saúde, aumentaram mais de 14% nos últimos dez anos, consumindo mais de R$ 1,5 bilhão anuais do orçamento público”.
O autor destacou ainda, na defesa do projeto, que a mobilidade elétrica por meio do uso energias renováveis, como a eólica e solar, combinam em um só sistema tecnológico a transformação conjunta dos setores automotivos e energético. Ele também ressalta que o Brasil é precursor na eletromobilidade, e possui recursos minerais, como o nióbio e o cobre, necessários à expansão e desenvolvimento energético para construção leve e armazenamento de energia.
O senador citou ainda que algumas cidades já inseriram, nas suas frotas compartilhadas de logística urbana, os ônibus 100% elétricos a bateria. Cunha finalizou dizendo que a busca pelo desenvolvimento sustentável por meio da eletromobilidade não é algo distante no futuro, constituindo-se como um caminho possível e factual em diversas cidades brasileiras de nosso próprio país.
Fonte: Agência Senado
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