A criação do Pro Trilhos, para estimular a abertura de ferrovias no país, e a entrada de mais operadores no setor, as renovações antecipadas e o programa de concessões vão transformar o Brasil em uma nação multimodal, com a matriz de transporte mais equilibrada, sustentável e barata. A avaliação é do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, durante palestra realizada na terça-feira (15) em São Paulo.
O evento reuniu representantes de empresas que já receberam autorização federal para implantarem projetos de estradas de ferro no país, responsáveis por concessões ferroviárias e integrantes de entidades internacionais convidadas a apresentar a experiência adotada por seus países na gestão de ferrovias. Conforme explicou o ministro, o regime de autorizações ferroviárias previsto no Marco Legal das Ferrovias resultará, dentro de poucos anos, no aumento da participação do modal na logística nacional de transportes.
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Atualmente, as ferrovias transportam aproximadamente 20% das cargas brasileiras. A expectativa é que o percentual chegue a 40% até 2035. Para ministro, finalmente, o Brasil terá um transporte mais eficiente. “O Brasil agora vai ser um país ferroviário, um país multimodal, e o reflexo é ter uma matriz de transporte mais equilibrada, mais sustentável e mais barata. O Brasil vai ser eficiente do ponto de vista logístico, com frete mais baixo e com produtor mais competitivo”, avalia.
Investimentos
Tarcísio explicou que, desde setembro, o Ministério da Infraestrutura recebeu, no âmbito do programa Pro Trilhos, 80 pedidos de abertura de empreendimentos ferroviários privados pelo país. Desse total, 27 tiveram a tramitação concluída, resultando em assinatura de contratos, os quais possibilitarão aos proponentes buscar os devidos licenciamentos, desenvolver projetos de engenharia e partir para a construção das novas ferrovias.
As empresas, ao longo deste ano, devem se concentrar em viabilizar a execução dos projetos autorizados. “Só com esses 27 projetos já autorizados, estamos falando em mais de R$ 133 bilhões em investimentos previstos e quase 10 mil quilômetros de novos trilhos somados à malha ferroviária existente no país para facilitar o escoamento de cargas minerais, agrícolas e conteinerizadas”, disse o ministro.
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