E deu em água a licitação para escolher a empresa que vai operar o sistema de bilhetagem eletrônica no município do Rio de Janeiro. Após a prefeitura barrar a candidatura da Riocard, e a atual operadora perder os recursos na justiça, nenhuma outra empresa apresentou as garantias necessárias para assumir tal responsabilidade. As empresas Sonda Mobility e Tacom, então postulantes a operar o sistema na capital, declinaram e deixaram a licitação sem interessados. Afinal de contas, o que levou essas empresas a desistência? E porque a RioCard quer se manter com a gestora do processo?
Inicialmente, é possível responder a questão levando em consideração as exigências estratosféricas feitas pela prefeitura do Rio, como o valor de outorga ultrapassando um bilhão de reais, além de outros custos de operação, como uma provável substituição dos validadores que estão instalados nos ônibus que circulam pela capital.
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Uma segunda resposta, observando a operação em si, é que a chegada de outra empresa administrando a bilhetagem na capital, por mais que atendesse aos requisitos de gestão solicitados pelo Edital, no dia a dia, como ficaria a operação do sistema, já que a Riocard permaneceria com o controle da bilhetagem eletrônica no restante da Região Metropolitana e demais municípios do interior do Estado.
Esse, talvez seja um dos trunfos da Riocard, que, ao longo dos últimos 18 anos, desenvolveu, implantou e aprimorou o sistema adotado em todo o Estado. Neste período, a empresa melhorou as condições para o usuário, com a inauguração de lojas, a instalação de máquinas do tipo ATM´s nos principais terminais de embarque, como barcas, trem, metrô e estações do VLT garantindo assim a aproximação do produto com o cliente.
Procurada pelo “Agentes da Mobilidade”, em nota, a Riocard TI informou que apoia a proposta apresentada no edital que exige a contratação de uma auditoria independente para dar total transparência à bilhetagem eletrônica e reafirma que está aberta ao diálogo com o poder municipal para promover as melhorias que sejam necessárias para a evolução contínua do sistema.
Com o esvaziamento dessa primeira licitação, a prefeitura vai precisar aguardar pelo menos dois meses para abrir um novo edital. Vamos ver se até lá, haja algum entendimento entre o poder concedente e a operadora, para que o usuário do sistema de transporte não seja o mais prejudicado no final dessa conta.
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Foto de capa: Arthur Moura
Validador: Divulgação