Esse é o cálculo da ANPTrilhos, instituição que representa os operadores de transporte de passageiros sobre trilhos em todo o Brasil, feito após cinco meses de paralisação e queda na demanda e arrecadação tarifária.
De acordo com a entidade, o prejuízo coloca em risco a manutenção da operação de transporte em alguns sistemas importantes no país. Dessa maneira, a ANPTrilhos têm se dedicado e alertado aos entes do Executivo e Legislativo, Federais e em âmbito Estadual a buscar isonomia no tratamento dos diversos sistemas com o projeto de Lei do Socorro Emergencial ao Transporte Público (subst. ao PL 3.554/2020), como uma maneira de evitar o colapso das operações pelo país.
Importante lembrar, que, não é de hoje, que outros operadores do transporte tentam aprovação de projetos de modo a melhoria da mobilidade urbana nas pequenas, médias e grandes cidades brasileiras, mas por incapacidade técnica, desconhecimento da complexidade da atividade, os ditos representantes populares não parecem se importar com o drama vivido pela população no que diz respeito as condições de deslocamento seja sobre pneus ou trilhos.
O presidente da ANPTrilhos, Joubert Flores, alerta para a gravidade do problema e a necessidade de providências imediatas, com a alocação de recursos nos sistemas de modo a se evitar prejuízos para operadores e usuários. “É preciso que os legisladores estejam atentos a real necessidade dos transportadores. Caso o dinheiro não seja destinado ao caixa das empresas, seja por meio de aquisição de bilhetes sociais, pelo reequilíbrio econômico dos contratos, as operações entrarão em colapso em curtíssimo prazo.
Uma reflexão que pode ser feita diante da necessidade de se reequilibrar financeiramente a mobilidade no Brasil, é que operadores dos segmentos de transporte de passageiros agem de maneira isolada. Isso porque as empresas de ônibus também pleiteiam ajuda de quase três bilhões. Ou seja, talvez, se mesmo disputando o mesmo passageiro, os segmentos se juntassem para pressionar o governo Federal e também Estados e Municípios para adoção de políticas de mobilidade, o futuro dos deslocamentos nas cidades brasileiras possa ser melhor, mas ambos os lados ainda não estão nem um pouco preparados para esse tipo de conversa.