Enquanto as cidades clamam por melhores condições de mobilidade, uma notícia que impacta diretamente no ir e vir das pessoas. A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (FENABRAVE) divulgou o desempenho das vendas de veículos no mês de maio e no acumulado de 2019. De acordo com o documento realizado instituição e que engloba números de diversas categorias (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros), o mês de maio apresentou crescimento de 5,61% em relação a abril, totalizando 358.470 unidades emplacadas, contra 339.415 no mês anterior.
Na comparação entre os meses de maio 2019 e de 2018, quando foram licenciadas 294.937 unidades, o avanço foi de 21,54%. Já no acumulado de janeiro a maio, a alta foi de 14,16%, considerando os emplacamentos de todos os segmentos, totalizando 1.602.599 unidades, contra 1.403.835 entre janeiro e maio de 2018.
A falta de planejamento para as cidades brasileiras, de incentivo ao transporte público e aliada às crescentes demandas por deslocamentos faz com que esses números possam refletir em viagens mais demoradas, maior volume de congestionamento e aumento na emissão de poluentes. Por outro lado, reforça que a indústria respira mesmo em tempos de crise e, com a atividade econômica ainda em fase de rejuvenescimento.
Reformas devem aumentar ainda mais as vendas
Entre os segmentos que geram mais impactos para a mobilidade urbana como o transporte individual motorizado, os automóveis e veículos comerciais leves somados registraram crescimento de 5,81%, e somam mais de 450 mil unidades emplacadas entre os meses de abril e maio, um crescimento de mais de 20% em relação ao mesmo período de 2018.
Na avaliação do presidente da FENABRAVE, Alarico Assumpção Júnior, em maio, o mercado apresentou estabilidade com relação ao mês de abril. “Ao analisar o desempenho, em dias úteis, sendo 22 dias em maio, contra 21 dias em abril, o mercado evoluiu 0,78%, no setor como um todo. Esta estabilidade é o reflexo da frustração da população, causada pela demora na aprovação das Reformas, o que resulta na queda das expectativas, tanto do consumidor, quanto do empresário”, explicou.