De acordo com o balanço anual divulgado, no começo do mês, pela ANPTrilhos, Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre trilhos, o Brasil apresentou crescimento de 21% no volume de passageiros nos sistemas férreos em 2018, atendendo o recorde de 3,7 bilhões de pessoas, o equivalente a quase 11 milhões de pessoas diariamente nos mais diversos modais sobre trilhos.
Este movimento reflete a expansão de sistemas sobre trilhos no país e sua rede de atendimento. A ANPTrilhos aponta um crescimento de 41 km de malha em 2018, número concretizado com as expansões de linhas em São Paulo, Bahia e Ceará. A rede nacional de mobilidade de passageiros sobre trilhos ganhou 2 novas linhas e 30 estações, somando mais de 1.100 km de extensão.
Do ponto de vista operacional, o atendimento ao passageiro foi ampliado com a entrada em operação de 215 novos carros além da reforma de outros 25. Com isso, a frota brasileira soma 5.444 carros de passageiros modernos.
VLT da Baixada Santista é um dos novos sistemas
O documento aponta como principais razões para a utilização dos sistemas estão os deslocamentos para o trabalho. Dos 10,9 milhões de passageiros que utilizam diariamente os sistemas, essa motivação atinge percentual de 70%. O lazer ficou em segundo, com 20% das viagens; enquanto, saúde e educação somam os 10% restantes.
O Presidente da ANPTrilhos, Joubert Flores, ressalta o crescimento do setor, mas explica que a demanda é maior do que a expansão e aponta a necessidade para tirar projetos do papel de modo a melhorar a qualidade de vida nas cidades. “O setor vem crescendo, mas pouco perto da grande demanda por deslocamentos. O investimento em transporte estruturante, por meio de trilhos, é visto como um dos principais caminhos para transformar a realidade do País em um cenário mais benéfico aos cidadãos”, destaca.
Atualmente, o transporte metroferroviário brasileiro faz parte do cotidiano de 13 regiões metropolitanas dentre as 63 existentes de médio e grande portes no país. De acordo com o balanço da entidade, o adensamento urbano permanecerá em crescimento nos próximos anos aumentando ainda mais a demanda por deslocamentos rápidos e sustentáveis que segundo Joubert “serve de alerta para a tomada de decisões neste momento para a implantação de redes integradas de transporte, proporcionando mais qualidade de vida tanto para as pessoas quanto para o meio ambiente”.
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